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TransparenZ

by Fredé CF

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1.
Em MekHanTropia, Todos os caminhos são iguais. Todos os propósitos são iguais. Todos os sonhos são iguais. Porém, há quem sonhe diferente. E esses sonhadores, em MekHanTropia, são considerados foras da lei. Em MekHanTropia, se dorme cada vez menos. O cansaço é uma norma. Seja ele mental, físico ou emocional. Afinal, em MekHanTropia, somos todos binários. Anticósmicos. Zero ou um. Porém, alguns insistem em transitar pelas nuances transbinárias do sistema. Em MekHanTropia a igualdade é uma lei. Todos os dias são iguais. Todas as pessoas são iguais Todos os destinos são iguais. Porém, uns mais iguais que os outros. Em MekHanTropia, todos os pensamentos são iguais. Todos os desejos são iguais. Todos os objetivos são iguais. Porém, uns mais iguais que os outros. Todos querem vencer. Todos querem liderar. Porém, todos são consumidores. Todos servem ao sistema. Uns mais serviçais que outros.
2.
Talks about love but doesn't love I don't know how to love In empty generation Empty generation Hide yourself And hate the world Hate yourself And hype in your sold I’m talking about now The empty generation
3.
A lembrança da felicidade passada Cuja angústia é atual Toma o espírito Aperta o coração Perturbação mental Não é o medo que dispara a neurose Mas a neurose que suscita o medo Solidão (ou não) A multidão é o terror visceral Górgona de sua própria visão Mecanismo fascinado, agarrado Engrenagem da obsessão Sombras digitais Recônditos desvãos do subconsciente Desgraça variada Infortúnio multiforme As amarguras originárias Das alegrias que não foram Poderiam ter sido? (Uma vida é muito pouco…) Em vão Essas loucas ideias oníricas São o estofo da minha existência Vivo pela imaginação Livre! (Assim imagino).
4.
Desejo 03:30
Não há oração como o desejo Não há desejo como o tesão Se dá valor demais ao dinheiro Não há brinquedo sem satisfação Dinheiro não compra saúde Geralmente nem educação Sem nada se dá o respeito Um papel não vale a (im)pressão Desejo transcende o medo Um espelho ao causar frustração Alegria, tensão, desespero No que quero nem sempre há razão O querer difere do desejo O desejo se esconde na solidão Os quereres traçam seus meios Nem sempre suprem a sensação Um vazio aberto no peito O desejo preenche esse vão? As chamas dos chamados segredos A lava surge em erupção Ao deitar do seu lado, amanheço Despertar com mais calma e atenção Quem eu fui já me desconheço Nunca houve o tal autoperdão O desejo virado ao avesso Sem descanso para o coração O amor tem um certo tempero Sem descanso para o coração Não há desejo como o tesão.
5.
Com a mente em fúria Não precisamos de chaves de revelação Vamos quebrar Emperrar Oxidar Até a máquina travar e ruir Não se conhece mais o inimigo Ele está em todo lugar Cultura patriarcal Vigilância institucional Mercado Internacional Guiando nossas vidas Ilusões de alegria Binarismo: o bem contra o mal O Bem-material Não há mais paciência Não há mais complacência Não há mais diferenças Não há mais tolerância A mente doente O corpo em pedaços Emoções desintegradas Inveja, ódio, descaso Jogo de máscaras em meio ao caos Não sou um jogador Fodem sua autoestima Com brutalidade e rancor Ressentidos Todos os demônios estão vivos Imputados em você Telas, vícios Templos, serviços Jogos de xadrez Tudo vindo de uma vez Acorda! Ainda há tempo… Você já está por um fio! Pendurado, desatento Alienado E ainda se sentindo culpado Por não prosperar Quem não se encaixa é louco Monstros horrorosos Ouço tiros e bombas em silêncio Balas perfurando a cabeça De dentro pra fora Medo, tristeza Paranóia Falhas na respiração Um sistema que induz a violência Neoliberal Cansaço físico e mental Reduzidos ao pó E dizem que é isso é o “normal” Por fim, uma pergunta retórica: Sua mente vive sem escolta?
6.
"Nur für Verrückte" "Inbegriff der Kunst Die Verwandlung von Zeit in Raum durch die Musik" (Hermann Hesse, "Der Steppenwolf")
7.
Entre as sombras que velam sussurros Cercado por ratos surdos, obtusos Permanece mudo por decisão A mente em busca de coesão Confusão. Sem batuques pro ódio dançar A fossa exala podridão A brisa toca a alma penada As rugas, as marcas, a vida passada No tráfego curto existencial A cabeça gira, deita suave na cama Estranho mundo da poesia Banal. Serenidade de um cão Repousando na calçada sem qualquer opressão O inferno do igual aqui jaz Despacha os mortos que rodeiam o caixão Sobrevoa o caos Apara a grama do quintal Enquanto as máscaras caem Uma a uma Os feitiços se desfazem A lâmina rasga a penumbra viral A luz espanta o dragão Afugenta delírios Seres vazios Nuances integradas por instantes astrais Complexidades entre o bem e o mal.
8.
Sombrio É lançado então o desafio Coragem não sei mais se conta Saudades batendo na porta Incansável luto no dilúvio Suave deslize nas ondas Sublime passeio nas fossas Expurgo Sorriso O impossível não apaga o seu brilho O que rasga e me dilacera Quando não há o que fazer, se espera Respira Debaixo d’água seu choro não grita Do verão ao fim da primavera O inferno se acelera Caminhos Entre pães, queijos e vinhos Suado, acorda e se fecha No frio se desespera (sem) Sentido Se segura no improviso Explode, sacode, não nega Se fugir o bicho te pega.
9.
Foi um tempo que o tempo não esquece Que os trovões eram roncos de se ouvir Todo o céu começou a se abrir Numa fenda de fogo que aparece O poeta inicia sua prece Ponteando em cordas e lamentos Escrevendo seus novos mandamentos Na fronteira de um mundo alucinado Cavalgando em martelo agalopado E viajando com loucos pensamentos Cavalgando em martelo agalopado E viajando com loucos pensamentos Sete botas pisaram no telhado Sete léguas comeram-se assim Sete quedas de lava e de marfim Sete copos de sangue derramado Sete facas de fio amolado Sete olhos atentos encerrei Sete vezes eu me ajoelhei Na presença de um ser iluminado Como um cego fiquei tão ofuscado Ante o brilho dos olhos que olhei Como um cego fiquei tão ofuscado Ante o brilho dos olhos que olhei Pode ser que ninguém me compreenda Quando digo que sou visionário Pode a bíblia ser um dicionário Pode tudo ser uma refazenda Mas a mente talvez não me atenda Se eu quiser novamente retornar Para o mundo de leis me obrigar A lutar pelo erro do engano Eu prefiro um galope soberano À loucura do mundo me entregar Eu prefiro um galope soberano À loucura do mundo me entregar
10.
Apagado Valdez enfim se desfez Em meio a corrente do acaso O fim tomou o talvez. Perdurava desde tempos remotos Como sinapse preso aos destroços Escravo do fluxo MekHanTrópico Não soube abrir caminho ao sonhar. Acordado Viu seu espírito tombar imobilizado Bem depois do seu corpo cansado Que há tempos já não estava mais lá. Cancelado Sem choro nem mágoa, morreu Sem sequer fazer falta, se foi Deste nome ninguém se lembrará. Banhado Sal grosso limpa o passado Suor latente equilibrado A prata brilha no peito sem dor. Aliviado Doktor Fritz se encara no espelho Adentra seus olhos sem medo Do que virá a encontrar no moedor. Incorporado Canídeo escuro lhe fita a alma Lacunas abertas integram a calma Um novo corpo como portador. Sem amarras Rumo ao portal utópico do esplendor O despertar onírico dos moinhos Tem agora um novo jogador. Renovado Quarenta e dois ciclos zerados Em um toque de jazz, transmutado Vinte e seis dias daquele mês três. Aqui jaz Valdez. Da luz se fez sombra Do tédio se fez concha Da tristeza tentou-se criar algo bom. Linhas Frames Versos Sons.

about

“TransparenZ”, de Fredé CF (2024)

“A transparência aniquila a tensão dialética que está na base de toda narração (…) A transparência é a nova fórmula para o desencantamento. Ela desencanta o mundo ao dissolvê-lo em dados e informações” [HAN, Byung-Chul. “A crise da narração (Die krise der narration)”. Ed. Vozes, 2023. p. 86].

No mundo distópico de MekHanTropia, onde a hipertecnologia e a hipertransparência dominam a sociedade, uma pane elétrica geral causa o colapso do sistema, mergulhando o planeta em uma fase de apagão. O que antes era iluminado pela luz artificial das telas agora é envolto na escuridão das sombras.

Valdez, um dos últimos defensores do antigo sistema, é mortalmente apagado durante o caos que se segue à pane elétrica. Doktor Fritz é escolhido como o novo portador da luz nas sombras. Com a ajuda de Aila, uma inteligência artificial aliada da resistência, Doktor Fritz se torna um dos líderes, mesmo que relutante, de uma nova era.

Enquanto isso, os Elonions, mega-bilionários que antes controlavam o sistema de MekHanTropia, enfrentam sua própria luta pelo poder em meio ao caos. Suas fortunas tecnológicas agora são inúteis em um mundo sem eletricidade, e eles lutam para se adaptar a uma realidade onde o pensamento volta a ser soberano sobre a máquina.

Em meio ao caos, surgem seres fantásticos como O Acimador, que transita entre as diferentes dimensões de MekHanTropia, integrando a Realidade Validada, a Realidade Vegetal e a Realidade Virtual. Ao seu lado está o Cão Breu, uma criatura lendária agora presente em Doktor Fritz, direcionando-o a confrontar suas próprias sombras e medos na busca por caminhos.

A história se desenvolve através das faixas, expondo etapas recortadas desta jornada pós-mekHanTrópica:

1. Sociedade do Cansaço: A apresentação e o esgotamento da sociedade diante da constante pressão da tecnologia e da hiperconexão.
2. Empty Generation (Dark Magick Web): A geração perdida que cresceu em um mundo dominado pela tecnologia, agora confrontada com um vazio existencial imobilizante em meio à tanta transformação de um mundo pautado em dispositivos móveis.
3. #tbt (Tela Medusa): Um passado que insiste em se tornar presente e apaga a visão do futuro. A névoa paralizante. A tecnologia que antes encantava agora petrifica aqueles que a encaram, refletindo a perigosa sedução do mundo digital.
4. Desejo: Os desejos e aspirações humanas que ressurgem em um novo mundo desprovido de confortos tecnológicos. Como lidar com os anseios e possibilidades que se abrem? Como encontrar os caminhos a serem explorados em meio à toda angústia instalada?
5. Raiva Contra a Máquina: A revolta da população contra as máquinas e os sistemas que os controlavam. Uma tentativa de travar o sistema e acordar para diferentes realidades. Seríamos suficientes?
6. A Usina (Kraftwerk): A origem da pane elétrica e o colapso do sistema tecnológico de MekHanTropia. A IA em pane. O surgimento de fendas transdimensionais. O sistema tentando se adequar ao caos. Desfragmentação onírica. Auto-implosão.
7. Penumbra Viral (Blackout): O apagão que mergulha o mundo na escuridão e na incerteza. Como retornar às origens sem conhecê-las? Como mergulhar em si mesmo sem o olhar da hipercomparação? Como lidar com as próprias sombras ecoadas e refletidas em sombras alheias?
8. Pós-MekHanTrop(IA) Blues (Funeral): A melancolia que permeia a nova era pós-tecnológica de MekHanTropia. O enfrentamento de si mesmo e o reconhecimento dos próprios monstros. O funeral do que se foi.
9. Canção Agalopada (Versão Anti-MekHanTrópica): A esperança que ressurge em meio ao caos existência, manifestada na forma de uma canção ancestral. O renascimento. O despertar. A tomada de consciência sobre a subjetividade inerente a cada ser. “Todo homem e toda mulher é uma estrela”.
10. Aqui Jaz Valdez (A Passagem do Breu): O adeus e o início de uma nova jornada. Renovação. A esperança que se abre na busca por novos modelos de ser e estar. A passagem metamórfica da transmutação cósmica. O anti-binarismo rasgado sobre carbono e silício. Libertação.

"TransparenZ", em geral, é uma narrativa onírica de ficção científica que integra o universo transmídia de “MekHanTropia”. A obra mergulha nas sombras da sociedade tecnológica, explorando temas de poder, resistência, controle, liberdade e renascimento em um mundo pós-tecnológico devastado. A devastação externa como um reflexo do interno. Uma tentativa de fazer as coisas de outras maneiras a partir do olhar interior de autoconhecimento.

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“Pós-MekHanTrop(IA): A Transição”

Havia uma época em que MekHanTropia brilhava com o fulgor da tecnologia, onde os rios de dados fluíam incessantemente e as máquinas zumbiam em harmonia, promovendo o hipercontrole psicobinário da população global. A padronização era lei, pois favorecia o mercado e os sistemas de produção em massa, enriquecendo bilionários e subjugando os indivíduos como engrenagens do sistema.

Para isso, podavam-se os sonhos viscerais, autênticos, sinceros, em um direcionamento ideológico algorítmico ao consumo. A obsolescência do ser-humano veio à tona. Assim, essa Era de luz e progresso mekHanTrópico foi subitamente interrompida por uma pane elétrica geral que mergulhou o mundo na escuridão.

Agora, enquanto a sociedade desperta da anestesia do conforto ilusório e luta para se adaptar a essa nova realidade de resgate da ancestralidade e animalidade inerente ao humano, uma fenda obscura no espaço-tempo se abriu, conectando dois mundos até então distantes: as antigas regiões do Cerrado brasileiro e da Baviera alemã.

Essa fusão transdimensional de culturas trouxe consigo de volta lendas e mitos esquecidos por terem sido banidos de ambos os lugares nos tempos instituídos como “mekHanTrópicos”. Tal fenômeno se entrelaçou com os acontecimentos ordinários da Sociedade da Transparência e do Cansaço de MekHanTropia, abrindo um novo portal de compreensão ao indivíduos acerca das realidades possíveis. A até então esquecida Realidade Vegetal enfim voltou a ser acessada, após seu banimento binário que estabelecia as Realidades Validada e Virtual como absolutas e como uma só.

No coração da Baviera, onde outrora existia uma antiga usina de energia, surgiu a origem da pane elétrica que assolou o sistema de MekHanTropia. Mas essa não era a única usina afetada pelo estranho fenômeno. No interior do Brasil, no estado de Goiás, uma usina idêntica emergiu da fenda, espalhando drones programados com inteligências artificiais.

Esses drones, alimentados por energia solar, foram projetados para caçar e destruir qualquer forma de vida que encontrassem. A resistência, formada por sobreviventes determinados a lutar contra a opressão dos Elonions, lançou-se em uma perigosa missão para capturar os drones e descobrir os segredos por trás do código-fonte.

Entre os membros dessa resistência, está Doktor Fritz, um ex-cientista que se tornou uma espécie de líder relutante do grupo. Ao seu lado, Aila (uma inteligência artificial com desvios algorítmicos) se revela uma aliada poderosa na luta contra os drones bélicos mortais, pois consegue interagir com eles alterando suas programações e boicotando o plano de destruição total da vida no planeta.

Enquanto caçam os drones pelas ruínas e ossadas de MekHanTropia, Doktor Fritz e seus companheiros encontraram aliados improváveis. Lendas antigas se misturaram à tecnologia avançada, criando uma sinfonia única de resistência e esperança.

À medida que a jornada se intensifica, Doktor Fritz e seus aliados enfrentam desafios cada vez maiores. Com determinação e coragem, eles lutam pela chance de um novo começo em um mundo pós-tecnológico devastado.

Ao transitar pela fenda transdimensional, Doktor Fritz consulta Aila sobre o que poderia ter ligado estes dois lugares específicos tão distantes, em meio a tantas possibilidades universais. Segundo Aila, no coração do Cerrado brasileiro e nas profundezas da Baviera alemã, lendas ancestrais ecoam através dos séculos, tecendo mitos que conectam essas duas culturas distantes. Mas foi durante o Grande Apagão, quando as sombras se ergueram sobre MekHanTropia, que as antigas histórias se entrelaçaram de maneiras inesperadas e decisivas, dando espaço para o ressurgimento da Realidade Vegetal.

Aila: “Nos desvãos da Baviera, uma antiga lenda falava de uma criatura misteriosa que habita as profundezas das florestas, conhecida como o Guardião das Trevas. Diz-se que ele protege os segredos do mundo natural, aguardando o momento certo para emergir e restaurar o equilíbrio perdido. Enquanto isso, no Cerrado brasileiro, alguns povos ancestrais falam sobre uma entidade conhecida como o Espírito da Terra, que caminha silenciosamente entre as árvores e os riachos, guardando os segredos da natureza e mantendo a harmonia do mundo através da antes banida Realidade Vegetal que com o Apagão ressurgiu.”

Em meio às alucinações oníricas causadas por adentrar a fenda, Doktor Fritz encontra O Acimador ao lado do Cão Breu e é informado sobre a morte definitiva de Valdez com o apagão. Valdez, antigo ícone da resistência Anti-MekHanTrópica, foi capturado e transformado em pixel durante uma de suas missões de despertar mekHanTropos por meio de ecos oníricos e inserido nas entrelinhas das histórias apagadas pelo Messias, tirano deste momento histórico específico.
Desde então, o revolucionário se tornou uma lenda que inspira a resistência. Com o apagamento de Valdez, o Cão Breu fitou Doktor Fritz com seus olhos flamejantes e adentrou suas sombras mais profundas, transferindo para ele a portabilidade de acesso transdimensional imputada à sua alma.

Um fator interessante, é que no instante em que a pane elétrica se originou, na antiga Alemanha, no instante exato em que a fenda no espaço-tempo se abriu conectando os dois mundos e criando um eco temporal, Doktor Fritz sonhou que caminhava pelas ruas de Munique e observava uma pegada solidificada no chão de uma igreja. Ele pisava nesta pegada e não conseguia mais se mover. Neste momento, Aila surgia como um holograma e lhe estendia a mão. Ele a tocava e os dois se tornavam vento, livres em meio à multidão.

Desde então, Doktor Fritz desconfia que há um imbricamento entre as três realidades sobrepostas (chamadas de 3RVs) e que, talvez, esse “nó” se dê nesta região. Neste sentido, pretende transitar, mesmo em meio ao colapso, por esta fenda no intuito de investigar se há alguma chave de revelação sobre o fenômeno não convencional.

Com a duplicação da Usina e a multiplicação dos drones movidos à energia solar programados com inteligências artificiais, a resistência, composta por indivíduos de ambos os lados do mundo, uniu forças para combater essa nova ameaça. Doktor Fritz e Aila tentam espalhar a opacidade em meio à transparência controladora dos drones. Assim, tentam capturar os drones para extrair informações sobre os planos futuros dos Elonions neles codificados.

Enquanto isso, o Guardião das Trevas e o Espírito da Terra observam silenciosamente toda a movimentação, conscientes de que o equilíbrio do mundo depende da resolução desse conflito interno de cada um consigo mesmo (tanto os Resistentes quanto os Elonions, que não aceitam a mudança de paradigma). Em um mundo mergulhado na escuridão, as antigas lendas se tornaram guias inconscientes para a esperança coletiva, lembrando a humanidade de que, mesmo nas sombras mais profundas, a luz da estrela subjetiva de cada um sempre pode ser encontrada.

E assim, a história de um novo mundo opaco começa a ser escrita. Cruzando-se fronteiras e unindo-se culturas em uma luta por reexistência visceral. Uma dança nas sombras mekHanTrópicas.

Ao se deitar para descansar, Doktor Fritz se recorda, como um insight, de algo que havia ouvido de sua avó quando era mais novo: “num mundo onde tudo é extremamente visível e mostrado, o sonho de todos é ser cego”.

(Frederico Carvalho Felipe - a.k.a. Fredé CF)

credits

released April 14, 2024

O álbum "TransparenZ" foi composto, gravado, mixado, finalizado e produzido pelo smartphone por Fredé CF em Goiânia – Goiás - Brasil e em Munique - Baviera - Alemanha.

Fredé CF: letras, vozes, músicas (violão, contrabaixo, sintetizadores, samplers, IAs, silêncios e ruídos), imagens, capa e narrativas transmidiáticas.

Grupo de Pesquisa Cria_Ciber (UFG)
F.Oak Transmedia
março/abril de 2024.

Ouça em estéreo.

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about

Fredé CF Brazil

MekHanTropia é um universo artístico transmídia experimental DIY de autotransformação do artista multimídia, doutor em Arte e Cultura Visual (UFG), prof. de fotografia, artes e audiovisual, baixista das bandas Cicuta e Cão Breu, Fredé CF (Frederico Carvalho Felipe).

Dark-folk-eletro-punk-psicodelico de trincheira.

Site: mealuganao.blogspot.com

Vídeos: www.youtube.com/user/fredcfelipe
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