1. |
P(sick)HumanCron
02:09
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Psycho Bio Tech
HumanCron
HomiCron
It’s Godzilla
It’s the death
Inside the Earth
It’s the Evil
It’s like you and me
It’s the Devil.
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2. |
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Malware h6n66
Dinheiro
Poder
Podre
Te faz sofrer
Só pensa em dinheiro
Poder
Podre
E te faz sofrer
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3. |
Limbo (nos olhos do Cão)
04:48
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Instrumental
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4. |
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A Terra é redonda.
A gente que é quadrado.
Quem segura o céu?
Você me poesia!
Poesia para adiar o fim do mundo.
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5. |
Vida (o imutável perece)
04:30
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Tudo aquilo que resiste,
foi sempre mudando
e se renovando através dos tempos.
O que permaneceu imutável pereceu.
Na sombra e na luz,
no caos e na ordem,
na unicidade e no padrão,
no indivíduo e no Cosmos,
no fogo e no gelo,
no céu e no mar,
na expansão e na contração
reside o ciclo natural da vida.
Em constante transformação.
Em movimentos, nuances e contrastes.
Tudo aquilo que se movimenta
Permanece
Em
Movimenta
(Ação)
Transmuta
(Ação)
Renova
(Ação)
Transforma
(Ação)
Revolução!
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6. |
Gaia
01:33
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Meus cabelos são as árvores da eternidade
(Gaia)
“O azul e o dourado são vistos pelos que veem”
(Gaia)
“A glória secreta dos que me amam”
(Gaia)
“Sou o brilho nu do voluptuoso céu noturno”
Gaia
Sou Gaia!
(Gaia)
(CROWLEY, Aleister. O Livro da Lei: LIBER AL VEL LEGIS. Trad. Marina Della Valle e Fernando Pessoa. São Paulo: Editora Campos, 2017).
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7. |
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“Queremos cantar o perigo do amor, a criação diária da energia doce que nunca se dispersa.
A ironia, a doçura e a rebelião serão elementos essenciais da nossa poesia.
A ideologia e a publicidade exaltaram até agora a mobilização permanente das energias produtivas e nervosas da humanidade para o lucro e para a guerra; nós queremos exaltar a ternura, o sonho e o êxtase, a frugalidade das necessidades e o prazer dos sentidos.
Afirmamos que a grandiosidade do mundo enriqueceu-se com uma beleza nova, a beleza da autonomia. Cada um tem seu ritmo e ninguém deve ser obrigado a correr em velocidade uniforme. Os automóveis perderam o fascínio da raridade; sobretudo, não podem mais desempenhar a tarefa para a qual foram concebidos. A velocidade se tornou lenta. Os automóveis estão imóveis como estúpidas tartarugas no tráfego das cidades. Apenas a lentidão é veloz.
Queremos cantar o homem e a mulher que se acariciam para se conhecer melhor e conhecer melhor o mundo.
É necessário que o poeta se esbanje com calor e generosidade para aumentar a potência da inteligência coletiva e para reduzir o tempo do trabalho assalariado.
Só há beleza na autonomia. Nenhuma obra que não expresse a inteligência do possível pode ser uma obra de arte. A poesia é uma ponte lançada sobre o abismo do nada para criar compartilhamento entre imagens diferentes e libertar a singularidade.
Estamos sobre o promontório extremo entre os séculos...Temos que olhar para trás de nós para lembrar o abismo de violência que a agressividade militar e a ignorância nacionalista podem desencadear a qualquer momento. Vivemos há muito tempo na religião do tempo uniforme. A eterna velocidade onipresente já está atrás de nós, na internet; por isso, agora podemos esquecê-la para encontrar nosso ritmo próprio.
Podemos ridicularizar os idiotas que difundem o discurso da guerra, os fanáticos da competição, os fanáticos do deus barbudo que nos incita ao massacre, os fanáticos aterrorizados pela feminilidade desarmante que há em todos nós.
Queremos fazer da arte uma força de mudança da velocidade da vida, gostaríamos de abolir a separação entre a poesia e a comunicação de massa, gostaríamos de tirar a mídia do comando dos mercados e entrega-la aos sábios e poetas.
Cantaremos as multidões que podem, enfim, libertar-se da escravidão do trabalho assalariado, cantaremos a solidariedade e a revolta contra a exploração. Cantaremos a rede infinita do conhecimento e da invenção, a tecnologia imaterial que nos liberta do cansaço físico. Cantaremos o intelectual rebelde, que executa um trabalho precário, mas que se põe em contato com o próprio corpo. Cantaremos a infinidade do presente e não teremos mais necessidade de futuro” (BERARDI, Franco. Depois do Futuro. Trad. de Regina Silva. São Paulo: Ubu Editora, 2019. p. 174-176).
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8. |
Para todos e ninguém
02:36
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Amor
Justifica os futuros
Redime os passados
Mergulha fundo pelos presentes
Amor
Lança a frente dos teus atos
Cumpre mais do que promete de fato
Reclama quando a vida é a favor
Amor
Alma repleta de ausência
Esquecida de si mesmo em essência
De tudo que a compõe e dá valor
Amor
Delírio curto de felicidade
Cansaço ignorante, vaidade
Que nem mesmo o querer quer mais
Amor
Espírito livre ou servil
Ruminante, imperador, infantil
Transmutando no que é seu por paixão
Amor
Companheiro vivo de viagem
Que não se transforma em cadáver
Pra carregar no banco de trás
Amor
De estrelas é sedenta a sua alma
Cães selvagens uivam pra trazer calma
Por liberdade no escuro do coração
Amor
Não atire fora a esperança
Criar o novo sobre a lembrança
Conserta as asas pela emoção
Amor
Sacode a poeira que corrói
Encontra em si o grande herói
Pela arte, pela vida
Ser de si um professor
Amor
O que estima é o que taxa
O que cria é o que mata
O egoísmo confortante da dor
Com ódio enrustido
Repleto de amor.
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9. |
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Ela acendeu seu coração vazio
Se aqueceram nas noites de frio
E quando a casa caiu
Ela que estendeu a mão em perdão
Nunca quis prender o vento
Te clareia o pensamento
E quando você se perdeu
Ela se reencontrou em si
Porque ela se amou
Do início ao fim
E enquanto sonhou
Te disse sim
Passearam entre mares e praças
Construíram um lar, uma casa
E nas noites sombrias
Se deram acalanto e paixão
Riram juntos de piadas sem graça
Beberam vinhos na mesma taça
E num dia qualquer sem brilho
A tristeza quebrou a ilusão
Então ela chorou
Lamentando o fim
E toda essa dor
Não cabia em mim
Perdido em meus passos
Entre os tempos e espaços
Tropecei
E fiquei (sem você)
Em meu despedaço
Juntando os cacos
Que eu mesmo espalhei
Sobre o brilho do amor
Em meio a escuridão
Depois do futuro
Agora.
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10. |
Refluxos (dos abismos)
06:37
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Através do busto pelado
Cores e formas surgem no abstrato
Dores, amores somatizados
Experimentando a luz e a sombra
que melhor convém
Transmutando-se adoidado
Por tempos e espaços inventados
Tecnologias com sonhos amalgamados
Respira ofegante sem saber o que é e de onde vem
Com ou sem apego ao futuro ou passado
O presente pulsante, ativado
Dormindo contente ou frustrado
Flutua leve e distante como se fosse desdém
Orgânico e mecanizado
Seco ou molhado
Ensimesmado, hibridizado
A esperança vibra com a mudança constante que o tempo mantém
O onírico é também vivenciado
Percebido, imaginado
Sorrindo ou chorando calado
Fugindo de memórias que não mais querem meu bem
Quente ou gelado
Veloz ou parado
Desgarrado, alucinado
Desatando nós pra tentar ir ao infinito e além
Sombrio e centrado
Exposto, cansado, atentado
Aliviado, enviesado
Sem saber as mentiras contadas por alguém
Da vulva ao falo
Do estômago ao gargalo
Surfando em (re)fluxos solitários
Deslumbra-se alegre erigido em múltiplos totens
Humano em demasiado
É, enfim, contemplado
Cancelado, saturado
Imperdoáveis riscos enrolados, descontrolados
Transformam o que era sujeito em ninguém.
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Fredé CF Brazil
MekHanTropia é um universo artístico transmídia experimental DIY de autotransformação do artista multimídia, doutor em Arte
e Cultura Visual (UFG), prof. de fotografia, artes e audiovisual, baixista das bandas Cicuta e Cão Breu, Fredé CF (Frederico Carvalho Felipe).
Dark-folk-eletro-punk-psicodelico de trincheira.
Site: mealuganao.blogspot.com
Vídeos: www.youtube.com/user/fredcfelipe
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