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Depois do Futuro

by Fredé CF

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1.
Psycho Bio Tech HumanCron HomiCron It’s Godzilla It’s the death Inside the Earth It’s the Evil It’s like you and me It’s the Devil.
2.
Malware h6n66 Dinheiro Poder Podre Te faz sofrer Só pensa em dinheiro Poder Podre E te faz sofrer
3.
Instrumental
4.
A Terra é redonda. A gente que é quadrado. Quem segura o céu? Você me poesia! Poesia para adiar o fim do mundo.
5.
Tudo aquilo que resiste, foi sempre mudando e se renovando através dos tempos. O que permaneceu imutável pereceu. Na sombra e na luz, no caos e na ordem, na unicidade e no padrão, no indivíduo e no Cosmos, no fogo e no gelo, no céu e no mar, na expansão e na contração reside o ciclo natural da vida. Em constante transformação. Em movimentos, nuances e contrastes. Tudo aquilo que se movimenta Permanece Em Movimenta (Ação) Transmuta (Ação) Renova (Ação) Transforma (Ação) Revolução!
6.
Gaia 01:33
Meus cabelos são as árvores da eternidade (Gaia) “O azul e o dourado são vistos pelos que veem” (Gaia) “A glória secreta dos que me amam” (Gaia) “Sou o brilho nu do voluptuoso céu noturno” Gaia Sou Gaia! (Gaia) (CROWLEY, Aleister. O Livro da Lei: LIBER AL VEL LEGIS. Trad. Marina Della Valle e Fernando Pessoa. São Paulo: Editora Campos, 2017).
7.
“Queremos cantar o perigo do amor, a criação diária da energia doce que nunca se dispersa. A ironia, a doçura e a rebelião serão elementos essenciais da nossa poesia. A ideologia e a publicidade exaltaram até agora a mobilização permanente das energias produtivas e nervosas da humanidade para o lucro e para a guerra; nós queremos exaltar a ternura, o sonho e o êxtase, a frugalidade das necessidades e o prazer dos sentidos. Afirmamos que a grandiosidade do mundo enriqueceu-se com uma beleza nova, a beleza da autonomia. Cada um tem seu ritmo e ninguém deve ser obrigado a correr em velocidade uniforme. Os automóveis perderam o fascínio da raridade; sobretudo, não podem mais desempenhar a tarefa para a qual foram concebidos. A velocidade se tornou lenta. Os automóveis estão imóveis como estúpidas tartarugas no tráfego das cidades. Apenas a lentidão é veloz. Queremos cantar o homem e a mulher que se acariciam para se conhecer melhor e conhecer melhor o mundo. É necessário que o poeta se esbanje com calor e generosidade para aumentar a potência da inteligência coletiva e para reduzir o tempo do trabalho assalariado. Só há beleza na autonomia. Nenhuma obra que não expresse a inteligência do possível pode ser uma obra de arte. A poesia é uma ponte lançada sobre o abismo do nada para criar compartilhamento entre imagens diferentes e libertar a singularidade. Estamos sobre o promontório extremo entre os séculos...Temos que olhar para trás de nós para lembrar o abismo de violência que a agressividade militar e a ignorância nacionalista podem desencadear a qualquer momento. Vivemos há muito tempo na religião do tempo uniforme. A eterna velocidade onipresente já está atrás de nós, na internet; por isso, agora podemos esquecê-la para encontrar nosso ritmo próprio. Podemos ridicularizar os idiotas que difundem o discurso da guerra, os fanáticos da competição, os fanáticos do deus barbudo que nos incita ao massacre, os fanáticos aterrorizados pela feminilidade desarmante que há em todos nós. Queremos fazer da arte uma força de mudança da velocidade da vida, gostaríamos de abolir a separação entre a poesia e a comunicação de massa, gostaríamos de tirar a mídia do comando dos mercados e entrega-la aos sábios e poetas. Cantaremos as multidões que podem, enfim, libertar-se da escravidão do trabalho assalariado, cantaremos a solidariedade e a revolta contra a exploração. Cantaremos a rede infinita do conhecimento e da invenção, a tecnologia imaterial que nos liberta do cansaço físico. Cantaremos o intelectual rebelde, que executa um trabalho precário, mas que se põe em contato com o próprio corpo. Cantaremos a infinidade do presente e não teremos mais necessidade de futuro” (BERARDI, Franco. Depois do Futuro. Trad. de Regina Silva. São Paulo: Ubu Editora, 2019. p. 174-176).
8.
Amor Justifica os futuros Redime os passados Mergulha fundo pelos presentes Amor Lança a frente dos teus atos Cumpre mais do que promete de fato Reclama quando a vida é a favor Amor Alma repleta de ausência Esquecida de si mesmo em essência De tudo que a compõe e dá valor Amor Delírio curto de felicidade Cansaço ignorante, vaidade Que nem mesmo o querer quer mais Amor Espírito livre ou servil Ruminante, imperador, infantil Transmutando no que é seu por paixão Amor Companheiro vivo de viagem Que não se transforma em cadáver Pra carregar no banco de trás Amor De estrelas é sedenta a sua alma Cães selvagens uivam pra trazer calma Por liberdade no escuro do coração Amor Não atire fora a esperança Criar o novo sobre a lembrança Conserta as asas pela emoção Amor Sacode a poeira que corrói Encontra em si o grande herói Pela arte, pela vida Ser de si um professor Amor O que estima é o que taxa O que cria é o que mata O egoísmo confortante da dor Com ódio enrustido Repleto de amor.
9.
Ela acendeu seu coração vazio Se aqueceram nas noites de frio E quando a casa caiu Ela que estendeu a mão em perdão Nunca quis prender o vento Te clareia o pensamento E quando você se perdeu Ela se reencontrou em si Porque ela se amou Do início ao fim E enquanto sonhou Te disse sim Passearam entre mares e praças Construíram um lar, uma casa E nas noites sombrias Se deram acalanto e paixão Riram juntos de piadas sem graça Beberam vinhos na mesma taça E num dia qualquer sem brilho A tristeza quebrou a ilusão Então ela chorou Lamentando o fim E toda essa dor Não cabia em mim Perdido em meus passos Entre os tempos e espaços Tropecei E fiquei (sem você) Em meu despedaço Juntando os cacos Que eu mesmo espalhei Sobre o brilho do amor Em meio a escuridão Depois do futuro Agora.
10.
Através do busto pelado Cores e formas surgem no abstrato Dores, amores somatizados Experimentando a luz e a sombra que melhor convém Transmutando-se adoidado Por tempos e espaços inventados Tecnologias com sonhos amalgamados Respira ofegante sem saber o que é e de onde vem Com ou sem apego ao futuro ou passado O presente pulsante, ativado Dormindo contente ou frustrado Flutua leve e distante como se fosse desdém Orgânico e mecanizado Seco ou molhado Ensimesmado, hibridizado A esperança vibra com a mudança constante que o tempo mantém O onírico é também vivenciado Percebido, imaginado Sorrindo ou chorando calado Fugindo de memórias que não mais querem meu bem Quente ou gelado Veloz ou parado Desgarrado, alucinado Desatando nós pra tentar ir ao infinito e além Sombrio e centrado Exposto, cansado, atentado Aliviado, enviesado Sem saber as mentiras contadas por alguém Da vulva ao falo Do estômago ao gargalo Surfando em (re)fluxos solitários Deslumbra-se alegre erigido em múltiplos totens Humano em demasiado É, enfim, contemplado Cancelado, saturado Imperdoáveis riscos enrolados, descontrolados Transformam o que era sujeito em ninguém.

about

“Só para os loucos. Ao preço da razão. (…) Transformação do tempo em espaço por meio da música” (HESSE, H.).

Em MekHanTropia as diferenciações entre o ordinário e o extraordinário foram perdidas. Pelos sonhos, pelas telas e pelo consumo o sistema lucra sobre os desejos mais profundos e imputa suas narrativas mekhantrópicas nos inconscientes como regimes de verdades absolutas. Esse controle psicobinário é instituído alterando o pensamento dos agora bovíduos mekhantropomorfizados que não conseguem mais distinguir suas subjetividades.
O malware h6n66 recodificou as relações planetárias e alterou a composição daquilo que antes se chamava de “humano”, criando uma horda demoníaca transdimensional de zumbis tecnocratas milicianos acríticos que instituem pesadelos nas 3 realidades ascottianas (validada, virtual e vegetal).
Essas hordas, batizadas como “HumanCron”, são lideradas pelo déspota necropolítico genocida conhecido como “Messias”. Elas têm a incumbência de gerar pesadelos algorítmicos em quem tenta “despertar” de MekHanTropia. Pelos sonhos, sugam a energia vital e prendem os resistentes em seus pesadelos mekhantrópicos.
Uma resistente de codinome “Ayla” conseguiu desorganizar o sistema e vencer o “Messias” por fragmentações em dimensões fantásticas oníricas inacessíveis às hordas HumanCron, libertando e lançando luz sobre sombras que permeavam as 3 realidades ascottianas. Tais movimentos abriram novos portais de acesso à Realidade Vegetal, até então oprimida pelo Messias, que se encontra no limbo, após encontro com o Cão Breu.
A esperança começa a despertar as mentes cooptadas. Ayla lidera um resgate da sabedoria ancestral para reconectar a humanidade à Gaia e todo o universo fantástico que a compõe e foi devastado pela MekHanTropia. Será que ainda há como reverter a situação?
Por outro lado, após o contato com o Acimador, Valdez se perdeu de Ayla e de si mesmo, e agora transita juntando seus cacos em abismos do Inferno do Igual. Ele segue sua jornada de integração das sombras que o rodeiam, o permeiam e o consomem, de fora para dentro e, sobretudo, de dentro pra fora inserido no que ainda resta do sistema.
Mesmo ainda preso aos resquícios de carbono e silício dos simulacros e simulações de MekHanTropia, ele começa a se transmutar em refluxos, na contramão do sistema e tenta enxergar saídas pela arte, pela ciência e pela poesia em meio às luzes psicobinárias padronizantes dos fluxos digitais, utilizando Inteligências Artificiais e outras ferramentas tecnológicas como aliadas. É tempo de transição. Transformação. Expurgo. Renovação.
O que virá “Depois do Futuro” em MekHanTropia?

Ouça em estéreo.

credits

released February 22, 2023

Ficha Técnica:
- Fredé CF: vozes, violões, baixo, percussão, samplers, sintetizadores, gritos, ruídos, gemidos, edições, mixagens, capturas e apropriações.
- “Depois do Futuro” é parte do universo transmídia onírico ficcional intitulado “MekHanTropia” (em expansão), a obra integra minha pesquisa de doutorado (em andamento) em Arte e Cultura Visual (UFG). O álbum foi composto, gravado, mixado, finalizado e produzido pelo smartphone por Fredé CF em Goiânia – Goiás - Brasil, durante a pandemia de COVID-19, entre os anos de 2022 e 2023.

Participações Especiais:
- Leticia Guelfi: voz na faixa 6 (“Gaia”)
- Edgar “Ciberpajé” Franco: berimbau de boca na faixa 6 [“Gaia”]
- Gustavo Ponciano: Guitarras, baixo e arranjos na faixa 7 [“(des)Asfixia (Depois do Futuro)”]

Elementos poéticos incidentais:
- Trechos da letra da faixa 4 [“Sonhos para adiar o fim do mundo”] inspirados em cartazes lambe-lambe colados em postes na praia da Joaquina em Florianópolis-SC (dez/2022).
- Trechos da letra da faixa 6 [“Gaia”] retirados ou inspirados no “Livro da Lei” de Aleister Crowley.
- Trechos da letra da faixa 7 [“(des)Asfixia (Depois do Futuro)”] retirados ou inspirados no “Manifesto Pós-futurista” do livro “Depois do Futuro” de Franco Berardi, assim como o conceito título desse álbum.
- Introdução da faixa 8 [“Para todos e ninguém”] inspirada na composição “Also Sprach Zarathustra”, de Richard Strauss, que também foi tema do filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”.

Para ir além:
fredecf.bandcamp.com
mealuganao.blogspot.com
www.youtube.com/user/fredcfelipe/videos

Contatos:
e-mail: fredcfelipe@gmail.com
Instagram: @fredecf
F.Oak Produções Transmídia 2022.
Apoio: Grupo de Pesquisa Cria_Ciber (Instagram: @cria_ciber)

Resistência anti-mekHanTrópica
Arte Transmídia contra o Binarismo Anti-cósmico.

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about

Fredé CF Brazil

MekHanTropia é um universo artístico transmídia experimental DIY de autotransformação do artista multimídia, doutor em Arte e Cultura Visual (UFG), prof. de fotografia, artes e audiovisual, baixista das bandas Cicuta e Cão Breu, Fredé CF (Frederico Carvalho Felipe).

Dark-folk-eletro-punk-psicodelico de trincheira.

Site: mealuganao.blogspot.com

Vídeos: www.youtube.com/user/fredcfelipe
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